quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Resgate

Morre o homem. Fica a maestria de um poeta, que cantava como escrevia; que chorava como sorria; que vivia como morria. Era denso e intenso seu sentimento primaz de cortesia. A voz rouca era mais do que uma marca fônica de masculinidade; antes fosse, eram as lágrimas rotas presas à faringe. De todos já lembrados pelo colunista, faltam os anônimos de bares e de cantos chorados. Um a um declamando versos ou canções a quem não merece. Acaso merecesse, não se teria o vazio melancólico das frustrações; do esquecimento. Era apenas uma sonho, a qual acabara em sofrimento tão real que ser apaixonado e sincero tornaram-se ícones dos bregas.

Ao Waldick, nosso respeito e muitas saudades!

Domingo, 14 de setembro de 2008.

Ps: Mensagem escrita como resposta a meu sogro, que me noticiou a morte do cantor.

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