quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Sono de pedra!

No final da corrida, tiraram a linha de chegada. Depois de muito suor para alcançar a tão sonhada autonomia universitária, de repente, acabou. Acabou silenciosamente. Sem ruídos, ecos ou rumores discentes e docentes. Na indecência pragmática de alguns que planejam e determinam a vida de gerações.

O tripé que constitui a universidade - ensino, pesquisa e extensão - nem nas ideias permanece. Uma terrível invasão de interesses alheios à vontade da comunidade acadêmica local faz parte do cenário atual. A realidade aprendida por meio de relatórios e de ofícios é anestesicamente vivida. Igualar os diferentes é não só implicar problemas, mas também agravá-los.

O dia-a-dia transcorre com muito suor, sentimentos, emoções e estórias. História sendo feita num dinamismo ímpar. Cada ramo de uma árvore toma sua rota certa; ou conveniente.

O Exame Nacional do Ensino Médio - ENEM - é um modelo legítimo de avalição central; porém, está longe de contemplar as idiossincrasias fundamentais de cada um; quiçá de cada instituição que congrega diversas experiências únicas, producentes e pertecentes à cultura maior do seu contexto.

Somos quem sem passado?

Discutir ou propôr outras formas de avaliação e seleção também é louvável e concernente a uma sociedade fundada em direitos e em deveres democráticos. Pensemos todos; mas não deixando que novos ramos sucumbem pela falta de seu tronco.

Somos quem sem passado? Sem a História contruída com a singularidade dinâmica da vivência pessoal?

Acordem, pedras! Acordem!

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