segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Lente de um ponto.

Ontem foi a realização do ENADE - Exame Nacional de Desempenho dos Estudante - quando milhares de jovens universitários do país responderam as perguntas. Se foram honestos não sei; mas essas respostas farão parte dos resultados obtidos por meio das vontades e das motivações de cada um.

Era um dia sol e calor na cidade do Rio de Janeiro, uma tarde convidativa para a contemplação ou mesmo para um merecido descanso. Foram quarenta questões, sendo quatro discursivas, de temas que variam desde conhecimentos específicos de cada área até os de formação geral; ou seja, de cunho político. Nada contra. É o que se espera de jovens formados durante toda graduação, com as mais diferentes vivências pessoas, que serão futuros ou futuras profissionais, tendo o compromisso de se posicionarem diante fatos e situações.

Gostei. Achei muito boas as questões, todas bastantes equilibradas, claras e objetivas em seus propósitos. Esperemos que esse retorno dos estudantes possam efetivamente servir de molde para as urgentes necessidades de melhoras tanto nas universidades quanto no ensino.

Agora, eis uma das minhas respostas discursivas acerca do seguinte tema:

Comportamento ético nas sociedades democráticas

Em seu texto, aborde os seguintes aspectos:

a) Conceito de sociedade democrática;
b)Evidências de um comportamento não ético de um indivíduo;
c) Exemplo de um comportamento ético de um futuro profissional comprometido com a cidadania.



Este? Aquele? Muito mais do que apontar qual o caminho, a democracia representa a chance de ouvir vozes, ecos ou pensamentos de todos os atores sociais. Não encerra assim o equilíbrio eqüitativo das várias vontades políticas. Cada vista em seu ponto guarda em si sua história ou suas motivações para atravessar o caminho da ética.

Usar dinheiro ou verba pública, por exemplo, em benefício próprio é não ético com as obrigações tanto de um cidadão quanto de um servidor público permanente ou temporário; mas é seguir seus impulsos morais para atender a ética a que pertence seus interesses. A questão é: a apropriação indevida de verba pública é mais do que anti-ética; é crime. A motivação a que levou o desvio de conduta, deixemos para a psicanálise; o desvio de conduta, para a lei.

Um futuro profissional comprometido com a cidadania, independente do comportamento ético, deverá cumprir e zelar a lei a que é submetido. Deverá, por princípio, garantir o respeito e a dignidade humana, de acordo com a moral vigente. A ética pode até transformar-se. A moral pode também relativizar-se; porém, o calor de um abraço, a luz de um sorriso e a certeza de um bem-estar garantem tão bem o anseio de nossa bandeira: ordem e progresso.

Um comentário:

Nossa história... disse...

Muito bom, meu amor! Meu médico escritor...