quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Ecos da história


Comunidade acadêmica, uní-rio!
15.3.2009

Palavras são apenas palavras. Nada que se escreve ou que se fala é capaz de mover um átomo sequer da vontade de ver um bem-comum melhor. Às vezes, parecem flores, mas são poesias; outras vezes, farpas; mas são puras grosserias. É chegada a hora para alguma coisa. Não sei o que é, porém há de ter a certeza de mudança.

Para começar, saber todas as negativas já é o começo. Não quero isso. Não quero aquilo. A vontade coletiva parte dos interesses pessoais e os interesses pessoais limitam-se pelo respeito aos ditames coletivos, garantindo o convívio ético das diferenças. Têm-se três, pelo menos, esferas de conflito: docente, discente e técnicos-administrativos. Cada uma delas possui suas prerrogativas, mas todas pertencem a um bem maior. Não interessa se é bom ou foi bom; e sim se para o convívio próximo houve mudanças, já lembradas noutro momento.

Depois, há também de não se esquecer que uma fase é composta por vários períodos, no dia à dia, de modo arrastadamente gradual. Se todos andassem com um diário, notas e mais notas seriam ao fim mais do que lembranças: seriam marcos de produtividade. Num momento em que se gasta tanto tempo e dinheiro para sensibilizar a todos da extrema concorrência, globalização, a produtividade torna-se o pilar mister do avanço institucional baseado no tripé - já clichê - ensino, pesquisa e extensão. A memória engana o povo. As lembranças são de quem as dominam por critérios de seleção.

E agora? Existem caminhos diversos e não sabemos do futuro. Ora, o mínimo é andar junto. Ter uma forte ressonância e convergência de interesses. Nesse caso, dá para vislumbrar também somente três: dos docentes, discentes e técnicos-administrativos. Escolher, com isso, se torna mais fácil de, na hora da assembleia, ideias serem confrontadas e, a partir daí, emergir uma síntese melhor possível. “Quem não discute, não tem direito de reclamar” é um dos ditados mais falados por meu avô.

A sabedoria vem de longe e não precisa estar numa universidade para tê-la. A roda já foi inventada e o que se faz é criar mais efeitos para a sua função. Está tudo pronto em nossa universidade, só faltam mais efeitos de luz, câmera e ação, porque brilho próprio ela possui. Cada membro desta honrosa Universidade ilumina mais do que seus corredores; mais do que suas salas; leva luz ao mundo em que se vive com suas geniais e peculiares contribuições. Somos a roda. E queremos um merecido designer de reconhecimento e não uma carcaça velha de museu que nos impuseram.

As idéias são as mesmas e a luta continua. Queremos melhores condições de trabalho. Queremos capacitação profissional. Queremos difundir conhecimento. Queremos uma só paixão. Somos Unirio. Somos um corpo com vários membros, que, sem um deles, sentimos uma imensa falta.

É a hora! Independente de qual for o resultado, deve-se levar para sempre a lição de fazer de uma fase (gestão administrativa), uma caminhada, onde as lembranças ficam no papel e a memória no presente de quem faz a História acontecer. Todo ponto-de-vista converge-se sob o mesmo raio para um centro. Plural, mas soberano. Diverso, mas único. Coerente, mas paradoxal como qualquer desfecho que nunca acaba.



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