quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Re-leitura

Transformação

Já fui um
e muito mais:
sozinho e com todos
já fui um.

Hoje, tento não ser
hoje, sou o que não era
hoje, os olhos brilham
apagados.

Saio por uma fresta
como quem escolhe
a outra
a que não poderia ser.

O ponto e a pedra
a pedra afunda
e o ponto
acaba.

A beleza está aí:
na simples natureza morta
no conceito mais primitivo
de ser feliz.

A pedra afunda
a chuva molha
o beijo amado
o riso infantil.

O ontem, um
hoje, nada
amanhã, não sei.



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