domingo, 1 de novembro de 2009

Sem foco

Desencontros


verde, vermelho
vernáculo
vejo, hoje e sempre
quero te ver


cheiro, nem um
nem outro
sujeito ou sentido
mais um ambíguo


chuva, vêm as lágrimas
nuvens escuras
pensamento pesado e
coração apertado

mal surge altivo o sol
com sua notável presença
cá dentro; lá fora, a chuva condensa
no ruflar triste de todos os sons

arrancado do peito o sentimento
o que fica é a sútil diferença
entre morrer de saudade imensa
e esmolar qualquer alento

quem perde a cabeça, perde a razão
queria entender ainda mais
a gênese de toda emoção

mas o sol é o mesmo desta ilha
onde a mente humana busca a paz
em cada membro da família


romance, poema
aleatório regular
nessa ordem medonha
de pensamentos

nem foco, nem poder
foco de focar
foco de focado
posso de poder
poder de podido

foco e podido
o que mais pode dar?

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