terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Vozes ordinárias

Depois da forte chuva, vem a brisa; vem o vento vazio de pensamentos, mas repleto de desejos. Levanto a cabeça e procuro a lua. Cadê a lua? Nuvens. Nuvens. Nuvens na mente ocupada. O dia traduz e perfaz cada indivíduo. Hoje, fui sol, calor, abafado, vento, chuva, trovão e brisa. Ah, se cada dia fosse assim...

Sai do trabalho, desce as escadas e liga o carro. Desejos vão a frente e se perdem nas esquinas de mais problemas. Que quantos problemas são esses? Resolve um e surgem mais - a cabeça não pode parar. A satisfação é a inércia do fracasso.

O retorno a casa é longo. Chuvisca e nem o rádio toca o seu coração. Faço minhas orações e chego à minha casa; à casa de meus pais. A fronteira da individualidade é o limite de seus problemas pessoais; uma casa é pouco.

Se em todo cotidiano pudesse contar um conto, a vida seria uma novela. A arte que imita a vida.
As pessoas; os personagens.

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