quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Vai uma xícara...?

É chegada a hora. A hora de fechar um ciclo e partirmos para outro com muitos planos, metas, desejos, sonhos e expectativas. De cá, vemos doze meses a mais para percorrer; agora, vimos os doze que já andamos, caímos, levantamos, perdemos e recuperamos das pedras de nossos caminhos.

A cada dia uma luta; uma batalha desproporcional. Todo dia o mundo contra mim. Contra cada um. De um em um, além de repetições enfáticas e trocadilhos soberbos, a vitória em se manter até hoje é a recompensa incomensurável de poder respirar e de interagir. Pulsos ligeiros e respiração cansada perfazem os momentos mais importantes. A adrenalina compensa.

Queria ser outro alguém em outro lugar. Sair deste casulo incólume. Ser mais agressivo e representativo. Florir neste espaço infértil da maturidade, onde os espinhos limitam os territórios. Falar claro e ser transparente. Assim como esse período marcado por pausas e pontos secos, a vida transforma-se em sequências randômicas pautadas em formalismos sem causa e sem sentido, em que a medida certa deve-se à conveniência mais covarde - É sempre todos contra um.

Como, então, mudar os hábitos sem mexer nos princípios? Posicionar-se sem magoar? Exigir respeito sem constrangimento?

Se o futuro a Deus pertence, a poesia é o meu presente.


Ps: "Os cacos da vida, juntos, colados, formam um estranha xícara; sem uso, ela nos observa do aparador." Carlos Drummond de Andrade.


A todos um ano novo ainda mais cheio de alegrias, paz e saúde.

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