domingo, 10 de janeiro de 2010

e...

Mentira?
“A mentira é uma verdade que se esqueceu
de acontecer.”

Da infiel companheira

“Como um cego, grita a gente;
‘Felicidade, onde estás?’
Ou vai-nos andando à frente...
Ou fi cou lá para trás...”


Da felicidade

“Quantas vezes a gente, em busca da
ventura,
Procede tal e qual o avozinho infeliz:
Em vão, por toda parte, os óculos procura,
Tendo-os na ponta do nariz!”


Do amoroso esquecimento

“Esta vida é uma estranha hospedaria,
De onde se parte quase sempre às tontas,
Pois nunca as nossas malas estão prontas,
E a nossa conta nunca está em dia...”


Provérbio

“O seguro morreu de guarda-chuva.”

Da viuvez

“Ele está morto. Ela, aos ais.
Mas, neste lúgubre assunto,
Quem fi ca viúvo é o defunto...
Porque esse não casa mais.”


Da morte

“Um dia... pronto!... me acabo.
Pois seja o que tem de ser.
Morrer, que me importa?... O diabo
É deixar de viver!”

Clarividência

“O poema é uma bola de cristal. Se apenas
enxergares nele o teu nariz, não culpes o
mágico.”

Tique-taque

“Mera ilusão auditiva graças à qual a gente
ouve sempre ‘tique-taque’ e nunca ‘taque-tique’...
Depois disso, como acreditar nos relógios?
Ou na gente?”


O incorrigível

“O fantasma é um exibicionista póstumo.”


Cartaz para uma feira de livro

“Os verdadeiros analfabetos são os que aprenderam
a ler e não lêem.”

Da preguiça

“A preguiça é a mãe do progresso. Se o homem
não tivesse preguiça de caminhar, não
teria inventado a roda.”



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