terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Era quem?

O nó aperta na garganta com o mesmo gosto amargo das lágrimas. O dia não está para versos ou rimas. O dia, prosa. Com a fluidez de sentimentos confusos, peremptoriamente ansiosos, expressam-se com tanta força que ritmo e tom harmônicos não são bastantes para detê-los. A música é falada. A letra vem da estória do dia a dia, da mesma mesmice de sempre. Aff! Que tédio!

Não há mais força que o determinismo dos hábitos; do jeito de cada um; da idiossincrasia de cada constructo, feito e aprendido nos moldes da natureza cativa do ambiente em que se vive. Essa repetição de ideias, enfática ou enfadonha, é o espelho das três dimensões ao meu redor; é a exata expressão do eu em movimento. Ai, queria ser outro alguém em outro lugar sem ser a mudança que queria ver nos outros - quem é quem? Quem é esse anacoluto mais implícito no contexto?

Eu, os outros são iguais.

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